terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dia do reporter

No dia 16 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional do Repórter. Esse cargo exercido por profissionais da comunicação tem a função de investigar, pesquisar, entrevistar e produzir notícias e matérias para a TV, impresso, rádio e internet. Faça chuva ou faça sol, o repórter está sempre em alerta para levar as notícias até a população.

Todo repórter é jornalista, mas nem todo jornalista é repórter – o Dia do Jornalista é comemorado em 29 de janeiro ou 7 de abril. O repórter, geralmente, cobre uma pauta definida pelo seu chefe, o editor. Como os jornais são divididos em editoria, seus profissionais também são. Existem repórteres de política, esportes, educação, cidades, mundo, economia, cultura, entre outros, além dos repórteres fotográficos.
História
Em 1442, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a imprensa com uma nova técnica de impressão usando máquinas – antes a impressão era manual. A invenção foi fundamental para a criação dos jornais modernos e, consequentemente, o surgimento dos primeiros repórteres. Nas décadas seguintes as publicações aumentaram e a profissão do repórter ficou mais conhecida.
No Brasil, os primeiros jornais de caráter noticioso surgiram apenas no final do século IXX, como O Estado de São Paulo e o Jornal do Brasil. Antes, os jornais publicavam conteúdo oficial e opinativo. Com essa mudança de característica, a profissão do repórter ganhou destaque no início do século XX, quando os jornais passaram a dedicar espaço para as grandes reportagens. Essas são caracterizadas pelo aprofundamento investigativo da informação, pesquisa, contextualização, abordagem multiangular e narrativa diferenciada.
Euclides da Cunha é considerado por alguns como o primeiro repórter do Brasil, devido à cobertura da Guerra de Canudos para O Estado de São Paulo, em 1896. Na época, o autor de Os Sertões entrevistou presos, pesquisou arquivos sobre os personagens da guerra, como Antônio Conselheiro, e narrou para o jornal o que acontecia no arraial.
Desafio
Ao longo da história, os repórteres conviveram e convivem até hoje com a censura e perseguição política, militar, policial e de criminosos. Segundo o relatório de 2013 da organização Repórteres sem Fronteiras (RFS), o Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos nas Américas. Tais fatos enaltecem ainda mais a importância do repórter, que diversas vezes se arrisca para levar a informação até a sociedade.
Por Adriano Lesme


Jornalista não fala – informa
Não passeia – viaja a trabalho;
Não conversa – entrevista;
Não faz lanche – almoça em horário incomum;
Não é chato – é crítico;
Não tem olheiras – tem marcas de guerra;
Não se confunde – perde a pauta;
Não esquece de assinar – é anônimo;
Não se acha – ele já é reconhecido;
Não influencia – forma opinião;
Não conta história – reconstrói;
Não omite fatos – edita-os;
Não pensa em trabalho – vive o trabalho;
Não vai à festas – faz cobertura;
Não acha – tem opinião;
Não fofoca – transmite informações inúteis;
Não pára – pausa;
Não mente – equivoca-se;
Não chora – se emociona;
Não some – trabalha em off;
Não lê – busca informação;
Não traz novidade – dá furo de reportagem;
Não tem problema – tem situação;
Não tem muitos amigos – tem muitos contatos;
Não briga – debate;
Não usa carro – mas sim veículo;
Não é esquecido – é eternizado pela crítica;
Jornalista não morre – coloca um ponto final!


Autor: Anônimo

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