terça-feira, 8 de agosto de 2017

Petróleo venezuelano mantém EUA atados

Petróleo venezuelano mantém EUA atados: Governo Trump evita punir ditadura de Nicolás Maduro por possíveis consequência no preço da gasolina nos EUA
 Reuters / Kevin Lamarque Governo Trump evita punir ditadura de Nicolás Maduro por possíveis consequência no preço da gasolina nos EUA
. Mais impopular para o presidente Donald Trump do que não punir a ditadura de Nicolás Maduro da forma mais dura possível seria deixar que o preço da gasolina disparasse nos Estados Unidos.
Esse é um dos principais motivos pelos quais o americano ainda não avançou com as sanções sobre o setor de petróleo da Venezuela. Os impactos não seriam apenas para a já castigada população do país, cujo petróleo representa 95% de todas as suas exportações.
Os EUA importam 777 mil barris de petróleo por dia da Venezuela, que é o terceiro maior exportador para o país (7,5% do total importado), atrás apenas do Canadá e da Arábia Saudita.
O impacto de bloquear o petróleo venezuelano seria sentido na bomba de combustível. Um cálculo feito pela consultoria PKVerleger LLC estima um aumento de US$ 0,25 a US$ 0,30 por galão (3,79 litros) em duas semanas, se os EUA suspendessem a importação da Venezuela.
Hoje, o preço médio do galão de gasolina no país é US$ 2,35 (o equivalente a cerca de R$ 1,94 por litro).
"O impacto poderia ser significativo, com aumento do preço da gasolina, falta de estoque de petróleo bruto para as refinarias nos EUA e uma potencial perda de empregos", afirma David Mortlock, ex-diretor de Assuntos Econômicos Internacionais do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Só a Citgo, subsidiária da petroleira venezuelana PDVSA nos EUA, que importa cerca de 200 mil barris por dia da Venezuela, tem três refinarias no país (Texas, Louisiana e Illinois), 48 terminais de abastecimento e 6.000 postos pelos EUA, onde trabalham 46 mil pessoas.
  • Com informações da Folhapress.

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