domingo, 23 de julho de 2017

Lista de sintomas ajuda a identificar uso excessivo do celular

Como é sua relação com o celular, a internet e as redes sociais? Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro listaram sintomas que podem ajudar a identificar quem está exagerando.
“É. Muitas vezes eu tenho que repetir tudo que eu falei de novo, porque ela simplesmente não prestou atenção em nada”, diz Mateus Guedes Gonçalves, de 13 anos.
“Ela toma café da manhã com o celular na mão. Ela não larga”, conta a aposentada Ana Clara Guedes.
As reclamações são do filho e da mãe da Melissa. Ela usa o celular pra trabalhar, mas reconhece que passou dos limites.
“Eu confesso que eu acordo com o celular na mão, às vezes durmo com o celular na mão. Várias vezes acordo de madrugada, estou com os óculos ainda no rosto, estou com o celular assim”, assume a motorista Melissa Rodrigues Guedes.
Pelos estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Melissa se encaixa num diagnóstico.
“É vício. Toda compulsão - droga, bebida, jogo e internet - acaba trazendo uma, um estímulo a um núcleo cerebral que é o núcleo do prazer.  E a pessoa fica dependente desse prazer”, explica o psiquiatra e professor da UFRJ Antonio Egídio Nardi.
E ela tem milhões de parceiros Brasil afora. A gente fez um desafio em um café num shopping, para ver se conseguia encontrar uma mesa sem celular. Não conseguimos encontrar nenhuma em todo o espaço. Dava para observar e medir os níveis de dependência. Você, por exemplo, deixa de lado o celular enquanto come? Tem muita gente que não consegue.
Garfo, prato e celular, tudo junto. Os especialistas definiram os sintomas que podem indicar uma dependência acima do normal. São sentimentos como o abandono. Ou a solidão. Se você ignora as pessoas ao lado e só se comunica pela internet. Ou sente que está afetando o relacionamento.
“Se torna preocupante a partir do momento que se percebe que está tendo um prejuízo na vida real e que você perde o controle. Aí é o momento de fato de pedir uma ajuda profissional”, aponta Eduardo Guedes, pesquisador do Instituto Delete.
É melhor procurar ajuda do que se arriscar sozinho.

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