O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) disse nesta quinta-feira (23) ao Blog que recebeu telefonema do presidente Michel Temer e aceitou o convite para ser o ministro da Justiça.

Segundo Serraglio, Temer afirmou que, com o gesto, estava prestigiando a bancada do PMDB na Câmara e disse que o nome dele une perfis político e técnico.

Questionado sobre qual procedimento adotará em relação às investigações da Operação Lava Jato – a Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça –, Serraglio declarou que ficará distante e não terá qualquer tipo de interferência.


"Vou ficar distante. Não haverá qualquer interferência. Tanto a Lava Jato quanto a Polícia Federal têm seus comandos e seus procedimentos. Quero que a PF tenha a mesma autonomia que eu tive para conduzir a CPI do Mensalão", afirmou Serraglio, lembro ter sido o relator da comissão.

A primeira conversa entre Temer e Osmar Serraglio foi na noite desta quarta-feira (22). Serraglio chegou ao gabinete presidencial acompanhado do líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (PMDB-SP).

Naquele momento, ainda havia uma resistência da bancada do PMDB de Minas. Mas Baleia Rossi disse que contemplaria a bancada mineira do PMDB indicando o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O Palácio do Planalto teve dificuldades para fazer o convite oficial a Osmar Serraglio. Ele estava em Umuarama, no interior do Paraná, onde reside, ele recebia ligações de um número que desconhecia e por isso não atendia. Foi preciso o Palácio do Planalto fazer uma conexão com o gabinete do deputado na Câmara para finalmente Temer conseguir falar com Serraglio.

O deputado lembrou que há 30 anos foi aluno do professor Michel Temer no curso de mestrado em direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).