terça-feira, 24 de novembro de 2015

‘Planalto atuou a favor de Bumlai, mas não há prova contra Lula’

 

Procuradores apontam telefonemas da Casa Civil e participação de tesoureiros do PT
Jaqueline Falcão, Cleide Carvalho, O Globo
O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que existe uma ligação política nos contratos firmados na Petrobras e os empréstimos junto ao Banco Schahin, com ordem que "veio de cima", inclusive com telefonemas da Casa Civil, quando o ex-ministro José Dirceu ocupava o cargo. O empréstimo principal em investigação era inicialmente de R$ 12 milhões. Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a 21ª fase da Operação Lava-Jato denominada "Passe Livre". Na ação, foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, no Hotel Golden Tulip, em Brasília.
Segundo o procurador Diogo Castor de Mattos, o dinheiro dos empréstimos era destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em troca, empresas do grupo Schahin conquistaram o contrato de navio-sonda Vitória 10.000 na petrolífera, sem licitação.
- Já temos que esse primeiro empréstimo em 2004 teve participação direta de tesoureiros do PT, inclusive telefonemas da Casa Civil do governo da época. Existe claramente uma vinculação política nesse primeiro empréstimo. A ordem que veio para a área técnica da Petrobras era que havia determinmação de cima para que se resolvesse o problema da Schahin com a contratação da sonda. Estamos investigando a origem desses diversos empréstimos e se eles tiveram, todos eles, uma motivação politica e não técnica para serem concedidos. Na época, o chefe da Casa Civil era José Dirceu - afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

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