terça-feira, 25 de novembro de 2014

O ABENÇOADO BOI DE QUEM TEM

  
O abençoado boi de quem tem. Até bem pouco tempo se dizia que do boi só se perde o berro, mas com essa música do cantor e compositor cearense Ednardo, essa máxima não mais é verdadeira. Veja um pouco da utilidade do boi.

Subprodutos do boi: Fonte EMBRAPA

Engana-se quem pensa que do boi não se aproveita o berro. O som emitido pelo bovino também é utilizado em gravações musicais para filmes, novelas e para animar festas de peão Brasil afora.

São 49 segmentos industriais que dependem dos subprodutos bovinos. 

Os subprodutos do gado são classificados em não comestíveis e comestíveis

Determinados produtos, dependendo da preparação, podem ser enquadrados em ambas as categorias.

Dentre os subprodutos comestíveis, o fígado é o mais consumido. Outros órgãos também são apreciados e fazem parte da culinária, como língua, miolo, rabo, bucho e coração.

Os não comestíveis, aqueles que não podem ser consumidos, são desmembrados em diferentes subprodutos. 

A bílis tratada é usada em produtos farmacêuticos para problemas digestivos e cálculo biliar, quando encontrado, é seco e vendido para países do Oriente.


Pele 

A pele depois de tratada, chamada de couro, é utilizada na fabricação de bolsas, calçados, revestimentos (bancos de avião, carros, sofás, etc.), material esportivo (como bolas, tênis, chuteiras e luvas de goleiro) e até em roupas de luxo. 

Da pele do boi extrai-se o colágeno, substância poderosa utilizada em cosméticos (cremes e esmaltes), e ainda uma gelatina, usada na fabricação de medicamentos, filmes radiológicos e chicletes.



Pelos, sebo, gordura, sangue, glândulas, tudo é aproveitável

Das glândulas do boi, como as suprarrenais, tireoide, pâncreas, etc., são extraídas substâncias usadas em medicamentos e perfumaria. 

A insulina para diabéticos, por exemplo, é extraída a partir do pâncreas. 

Do intestino produzem-se fios usados em cirurgias; a gordura é aproveitada para fazer sorvetes e produtos de confeitaria. 

Já o sebo, que não é comestível, serve para produção de velas, sabão e sabonetes perfumados. Dos pelos do boi são fabricados pincéis, escovas de cabelo, de roupa e de limpeza – todos extraídos da cauda. 

Dos pelos de dentro da orelha do boi se produz pincéis de pintura finíssimos.

Muitos já ouviram falar que a gelatina que se come vem do boi. Na verdade, os tendões e ligamentos é que são transformados em gelatina. 

Dos chifres são extraídos componentes usados no pó do extintor e fazem-se, também, pentes e botões. 

Os ossos, fonte de cálcio e fósforo, são usados na produção de farinhas utilizadas na alimentação de animais e aves. 

Uma vez calcinados, são usados na fabricação de porcelana, cerâmica, refinação de prata e fusão do cobre. 

Em usina de açúcar, utiliza-se o carvão de osso para alvejar e refinar o açúcar.

Até o sangue dos bovinos é aproveitado para produção de plasma, soro e farinha de sangue ou sangue solúvel. 

O plasma é usado na fabricação de embutidos; do soro, confeccionam-se vacinas; a farinha de sangue é aplicada como fertilizante, por causa do alto teor de nitrogênio; e o sangue solúvel é desidratado e aplicado em ração animal e na cola de madeira compensada. 

A mucosa do bicho vai para a indústria de laticínios, para a fabricação do coalho. 


Desfeito esse mito, o boi se firma como um dos poucos animais no mundo com 100% de aproveitamento. 

Agora conheça seu bife, pedaço por pedaço.
 

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